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Mudanças no feto: pulmões maduros

 

Neste período, a pele do feto vai alisando-se, já que a gordura começa a depositar-se e o lanugo começa a cair lentamente.

Nesta semana de gestação, a prematuridade é considerada leve, de modo que, se o trabalho de parto começar, já pode evoluir. Caso se decida parar o trabalho de parto, um tocolítico oral pode ser administrado imediatamente para reduzir a dinâmica uterina, mas um tratamento prescrito e regulado geralmente não é receitado como o seria em uma fase gestacional anterior.

A partir da 35ª semana, no caso de haver risco de parto prematuro, não se administra mais medicação para amadurecer os pulmões (os corticoides), uma vez que se presume que o pulmão fetal está maduro o suficiente para ser capaz de respirar por conta própria se nascer. Apesar disso, ainda é possível que um bebê que nasça com 35 semanas apresente alguma dificuldade respiratória (em até 11% dos casos), que, geralmente, é leve e corrigida com suporte de oxigênio nas primeiras horas ou dias.

Nas últimas semanas de gestação, a mãe passa para o feto uma imunidade temporária contra doenças infantis, de modo que o recém-nascido fica protegido até a administração das primeiras vacinas.

É importante lembrar que é altamente recomendada a vacinação contra a gripe durante toda a gravidez, mas especialmente se o terceiro trimestre e o parto coincidirem com a temporada de inverno (abril a outubro). Além disso, também se recomenda a vacinação contra a coqueluche (conjuntamente à vacina tríplice bacteriana: dTpa) a todas as gestantes.

A vacina contra a coqueluche deve ser preferencialmente administrada entre as semanas 27 e 36, independentemente do tempo decorrido desde a última dose da tríplice bacteriana, pois a vacinação protege o recém-nascido da coqueluche, infecção respiratória que pode ser potencialmente grave nos primeiros meses de vida.


IMAGENS

O que acontece na 35ª semana de gravidez


 

O feto na pelve materna

A essa altura, uma "sensação de peso" na região da pelve pode ser observada, já que o feto começa a acomodar-se nela, o que pode causar desconforto e câimbras na altura da vagina. Essa mesma pressão também é exercida sobre a bexiga; por isso, é possível que a frequência com que a gestante urina aumente. É uma sensação muito semelhante à vivida pela gestante nas primeiras semanas de gravidez. No abdômen, também é comum observar o umbigo projetando-se devido ao aumento progressivo da barriga.

É normal que apareçam as contrações de Braxton Hicks, em que o abdômen fica duro de forma irregular e, geralmente, não há dor. Os sintomas digestivos, como queimação ou azia, também ficam mais fortes.

É muito importante evitar ficar em decúbito dorsal (ou seja, esticada e olhando para cima) por longos períodos, pois é uma posição que favorece a compressão vascular da veia cava, o que resulta em hipotensão e sensação de tontura na gestante. O ideal é tentar descansar de lado (decúbito lateral), o que melhora a troca de oxigênio entre a mãe e o bebê.

 


 

Estreptococos e exames do terceiro trimestre

 

Entre as semanas 35 e 37, todas as mulheres grávidas são submetidas a uma cultura vaginal, que consiste em pegar, com um swab, uma amostra na vagina e no ânus para descartar a presença do germe Streptococo agalactiae. Essa bactéria pode fazer parte da flora vaginal da mulher e não causar nenhum tipo de infecção ou sintomas, mas, se estiver presente no momento do parto, pode causar uma infecção generalizada potencialmente grave (sepse) no recém-nascido.

Em mulheres que carregam o germe, antibióticos serão administrados durante o parto para prevenir a transferência da bactéria para o recém-nascido. Em alguns casos, essa cultura é antecipada, como, por exemplo, quando se prevê que o parto pode ser adiantado.

Entre as semanas 33 e 37, também devem ser realizados os exames do terceiro trimestre, em que se faz novamente um hemograma para avaliação da anemia, repete-se a sorologia para toxoplasmose (caso tenha sido negativa no primeiro e no segundo trimestres) e testes de coagulação para poder administrar analgesia peridural se a gestante assim o desejar.

Também é aconselhável determinar a sorologia do vírus HIV, pois, no caso de uma paciente infectada, é muito importante iniciar a medicação antirretroviral contra o vírus o quanto antes para evitar ao máximo a transmissão ao recém-nascido e sua possível infecção.

 

Nas mulheres que carregam o germe Streptococo agalactiae, administra-se antibiótico durante o parto para evitar passar a bactéria ao recém-nascido.
 
Conteúdo cedido por inatal.org e revisado pela equipe do Instituto Materno-Fetal Celso Rigo.