Neste momento, o peso também depende do sexo do feto — os meninos tendem a ter um peso um pouco maior que o das meninas.
Nesta semana, a maioria dos órgãos sensoriais do feto estão desenvolvidos (tato, olfato, audição e papilas gustativas); portanto, com estímulos exteriores, o feto começa a interagir. Através do líquido amniótico, o feto se familiariza com cheiros e gostos. Entretanto, devido à escuridão no interior do útero, o feto não consegue ver. Além disso, por causa do espaço que ainda tem no saco amniótico, o feto muda de posição diversas vezes em um dia.
Nesta semana da gravidez, chega-se a um estágio muito importante: a viabilidade fetal. A partir desta semana, começa a ser produzido nos pulmões o surfactante pulmonar, substância que auxilia na troca de oxigênio nos pulmões.
Se houver alguma complicação que indique que o bebê pode nascer prematuro, será administrado um medicamento para acelerar o desenvolvimento dos pulmões. Em caso de parto, os pediatras realizariam todas as manobras necessárias para ajudar o bebê a respirar e se adaptar ao ambiente extrauterino.
Anemia, tonturas e cansaçoA anemia é frequente durante a gravidez e, principalmente, a partir do segundo trimestre. Isso se deve a vários fatores: por exemplo, o aumento da quantidade de líquido no sangue é maior do que a produção de glóbulos vermelhos, estabelecendo uma hemodiluição fisiológica; além disso, suas reservas corporais de ferro podem ser reduzidas devido ao aumento no seu consumo e no do bebê, o que causa um déficit na produção de hemoglobina. Os sintomas de anemia são tontura, cansaço, palidez na pele e nas mucosas e, ocasionalmente, palpitações. Nos exames que são feitos durante a gravidez, a anemia pode ser diagnosticada graças ao nível de hemoglobina. Em caso de diagnóstico de anemia durante a gravidez, recomenda-se a ingestão de suplementos de ferro e o aumento do consumo de alimentos ricos em ferro. |
Entre as semanas 24 e 28, devem ser feitos os exames do segundo trimestre, entre os quais, além do hemograma para avaliar se há anemia, solicita-se sorologia para toxoplasmose, caso tenha sido negativa no primeiro trimestre, e o teste de tolerância oral a glicose.
Para que serve o teste de tolerância oral a glicose?
O teste de tolerância oral a glicose é usado para detectar, em grávidas, maior risco de desenvolver diabetes durante a gravidez. O exame é realizado rotineiramente no segundo trimestre, com exceção de pacientes com mais de 35 anos de idade e/ou com diabetes gestacional em uma gravidez anterior e/ou filho anterior com peso superior a 4 kg e/ou obesidade no início da gestação, em que o exame também será realizado no primeiro e no terceiro trimestre.
Qual é o procedimento?
Para este exame, primeiramente, extrai-se sangue e se quantificam os níveis de glicose no sangue em jejum. Depois, a gestante deve beber um suco muito doce, com 75 gramas de glicose. Após tomar o suco, terá que esperar duas horas sentada e sem comer nem beber para, então, fazer novas coletas de sangue, em que são quantificados novamente os níveis de glicose no sangue, uma e duas horas após a ingestão do suco.
Caso haja um ou mais valores alterados, será diagnosticada diabetes gestacional e a gestante será encaminhada a uma unidade de alto risco para controle rígido dos valores de açúcar, realização de dieta especial e, se necessário, para tratamento com insulina para chegar a valores normais de glicose antes e após as refeições.
O teste e tolerância oral a glicose é utilizado para detectar, em grávidas, a diabetes durante a gestação.