O sistema digestivo está amadurecendo; o feto se encontra em grande atividade, mexe as quatro extremidades e deglute líquido amniótico, que passa ao estômago e ao intestino delgado, que absorve parte do líquido; o resto passa ao intestino grosso. Esse líquido amniótico contém os nutrientes que ajudam no desenvolvimento do bebê, tanto do sistema digestivo quanto do sistema respiratório. O grau de desenvolvimento dos intestinos permite a absorção de pequenas quantidades de nutrientes do líquido que o feto engole. No entanto, a maioria dos nutrientes do feto continuarão vindo da placenta.
A medula óssea começa a produzir glóbulos vermelhos, substituindo progressivamente a função que o fígado e o baço do feto tinham até o momento. Nas meninas, a vagina começa a se formar e, nos meninos, os testículos descem da pelve ao escroto.
Já é possível notar o bebê se mexendo
Durante este período, a grávida costuma sentir-se melhor, já que seu organismo se adaptou às mudanças hormonais, desapareceram os incômodos típicos do primeiro trimestre e ainda não começaram os desconfortos do final da gravidez. O útero está crescendo e, portanto, o abdômen também, de modo que já se costuma notar a barriga de grávida. Às vezes, os músculos do abdômen, os retos abdominais, separam-se e ocorre a diástase abdominal, gerando um volume alongado no centro do abdômen. Nesta semana, também é possível que surjam estrias (ver mudanças na pele). Isso acontece porque a pele está esticando-se para acomodar o crescimento do útero. As estrias são linhas na pele que têm uma textura diferente e variam de cor-de-rosa a tons amarronzados dependendo da cor da pele. Durante a gravidez, vão tornando-se mais evidentes à medida que os meses passam, podendo aparecer na barriga, nas nádegas, nas coxas, nos quadris e nos peitos. Para tentar evitá-las, recomenda-se manter a pele bem hidratada (com aplicação diária de creme hidratante mediante massagem suave e circular na pele) e um consumo adequado de alimentos ricos em vitaminas A, C e E (lácteos, cítricos, cenoura, tomate, azeitona, nozes, espinafre, azeite, peixe, etc.), que são necessárias para a síntese do colágeno da pele. Além disso, o umbigo pode saltar para fora devido à pressão exercida pelo útero em crescimento. Isso costuma ser provisório e voltar ao normal depois do parto. |
Na 21ª semana, ainda é possível fazer o ultrassom morfológico se você ainda não o tiver feito. Nesse ultrassom, além de tomar as medidas do feto, realiza-se uma análise detalhada de toda a sua morfologia, sendo possível diagnosticar anomalias no seu desenvolvimento; portanto, nesse exame, conseguimos diagnosticar grande parte das malformações que o feto pode apresentar.
Em caso de diagnóstico de malformação, o significado e o prognóstico da malformação são discutidos com os pais e pode ser necessário ampliar o estudo com mais exames, que podem incluir exames laboratoriais, ultrassons mais detalhados, amniocentese ou ressonância magnética.
Com 21 semanas, ainda é possível fazer o ultrassom morfológico, um exame detalhado do feto para descartar possíveis anomalias em seu desenvolvimento. |